Estrela perpétua
Chegou a mim como pingo
de chuva espalhado,
Emaranhado na correnteza
de um dilúvio inesperado.
A perfeita esquiva, não livrou
os espelhos d’água do reflexo perpétuo,
daquela predestinada a
ser estrela, estrela de Minas.
Em cantigas de luar, num
luar de raro brilho,
a poesia da vida que entornavas
num grito contido,
revelavam os tons miúdos
de uma trova nova e por fim comissionada.
A te figurar como
estrela, estrela de Minas.
Desencontre-se do fio sorrateiro
de pranteio venturoso.
Acampe seu jardim na
tarde generosa, de ardor poderoso.
Permita-se ser gracejo no
canto da toada que te traduz.
Aporte seus passos na
estrada que teus encantos libertam,
Levante já as velas, que
o os rios dessa mata te veneram,
Pois
já não és estrela apenas em Minas, estrela minha. És estrela do Mundo.